Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
(Adélia Prado)
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sábado, 6 de março de 2010
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

"O sonho encheu a noite
Extravasou pro meu dia
Encheu minha vida
E é dele que eu vou viver
Porque sonho não morre"
(Adélia Prado)
"Não quero faca, nem queijo. Quero a fome"
(Adélia Prado)


"O que a memória ama, fica eterno.
Te amo com a memória, imperecível."
(Adélia Prado)


"Dor não tem nada haver com amargura. Acho que tudo que acontece é feito pra gente aprender cada vez mais, é pra ensinar a gente a viver. Desdobrável. Cada dia mais rica de humanidade."
(Adélia Prado)

"A SERENATA
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa."
(Adélia Prado)


"O MAIOR ERRO DE MINHA VIDA
A MINHA ALMA GEME NO SILENCIO DOS MEUS PENSAMENTOS,
UM GRITO DE DOR EXTRAVASA DO MEU CORAÇÃO,
UMA TORTURA, DIA E NOITE SEM CESSAR.
EMBUSCA DE UMA SOLUÇÃO.
O MAIOR ERRO DE MINHA VIDA, NÃO ME CONCEDE O DIREITO DE VOLTAR... "
(ADÉLIA PRADO)

"Fala sem orgulho ou medo
que a força de pensar em mim sonhou comigo
e passou um dia esquisito,
o coração em sobressaltos à campanhia da porta,
disposto à benignidade, ao ridículo, à doçura.
Fala. Nem é preciso que amor seja a palavra
Penso em você-me diz- e estancarei os féretros, tão grande é minha paixão"
(Adélia Prado)